domingo, 28 de março de 2010

Fernando Henrique Cardoso Está Senil !!!!

Fernando Henrique Cardoso está senil. Seus atos, declarações e posturas nesse momento sucessório pelo qual o país passa, demonstram que realmente o príncipe ruma célere para a mumificação e que, mais dia menos dia, será entronizado na cripta trash onde os políticos contemporâneos vêm sendo enterrados vivos.
Escolhido como fantoche mamulengo do grupo que promoveu a tomada e a espoliação do Estado com a implantação da nova moeda, Fernando Henrique Cardoso morre de inveja ao ver que seu sucessor, menos preparado e mais político, conseguiu retirar o país do chamado consenso que até Barack Obama se viu forçado a deixar de lado, pois o neoliberalismo desenfreado de Bush & Cia quase levou os EUA a bancarrota, além de coloca-lo em um novo vietnã sem nenhuma perspectiva de resolução, ainda tendo como agravante a ameaça nuclear israelense contra um Irã que desafia o establishment e o consenso tendo a certeza que não faz parte de nenhum “eixo do mal”.
Seguem abaixo dois textos, um de Leandro Fortes dando adeus a FHC- publicado na “Carta Capital” de 24 de Novembro do ano passado e outro sobre Paulo Maluf, da autoria de Paulo Henrique Amorim e que se encontra no “Conversa Afiada”.

Adeus, FHC



Fernando Henrique Cardoso foi um presidente da República limítrofe, transformado, quase sem luta, em uma marionete das elites mais violentas e atrasadas do país. Era uma vistosa autoridade entronizada no Palácio do Planalto, cheia de diplomas e títulos honoris causa, mas condenada a ser puxada nos arreios por Antonio Carlos Magalhães e aquela sua entourage sinistra, cruel e sorridente, colocada, bem colocada, nas engrenagens do Estado. Eleito nas asas do Plano Real – idealizado, elaborado e colocado em prática pelo presidente Itamar Franco –, FHC notabilizou-se, no fim das contas, por ter sido co-partícipe do desmonte aleatório e irrecuperável desse mesmo Estado brasileiro, ao qual tratou com desprezo intelectual, para não dizer vilania, a julgá-lo um empecilho aos planos da Nova Ordem, expedida pelos americanos, os patrões de sempre. Em nome de uma política nebulosa emanada do chamado Consenso de Washington, mas genericamente classificada, simplesmente, de “privatização”, Fernando Henrique promoveu uma ocupação privada no Estado, a tirar do estômago do doente o alimento que ainda lhe restava, em nome de uma eficiência a ser distribuída em enormes lucros, aos quais, por motivos óbvios, o eleitor nunca tem acesso. Das eleições de 1994 surgiu esse esboço de FHC que ainda vemos no noticiário, um antípoda do mítico “príncipe dos sociólogos” brotado de um ninho de oposição que prometia, para o futuro do Brasil, a voz de um homem formado na adversidade do AI-5 e de outras coturnadas de então. Sobrou-nos, porém, o homem que escolheu o PFL na hora de governar, sigla a quem recorreu, no velho estilo de república de bananas, para controlar a agenda do Congresso Nacional, ora com ACM, no Senado, ora com Luís Eduardo Magalhães, o filho do coronel, na Câmara dos Deputados. Dessa tristeza política resultou um processo de reeleição açodado e oportunista, gerido na bacia das almas dos votos comprados e sustentado numa fraude cambial que resultou na falência do País e no retorno humilhante ao patíbulo do FMI. Isso tudo já seria um legado e tanto, mas FHC ainda nos fez o favor de, antes de ir embora, designar Gilmar Mendes para o Supremo Tribunal Federal, o que, nas atuais circunstâncias, dispensa qualquer comentário. Em 1994, rodei uns bons rincões do Brasil atrás do candidato Fernando Henrique, como repórter do Jornal do Brasil. Lembro de ver FHC inaugurando uma bica (isso mesmo, uma bica!) de água em Canudos, na Bahia, ao lado de ACM, por quem tinha os braços levantados para o alto, a saudar a miséria, literalmente, pelas mãos daquele que se sagrou como mestre em perpetuá-la. Numa tarde sufocante, durante uma visita ao sertão pernambucano, ouvi FHC contar a uma platéia de camponeses, que, por causa da ditadura militar, havia sido expulso da USP e, assim, perdido a cátedra. Falou isso para um grupo de agricultores pobres, ignorantes e estupefatos, empurrados pelas lideranças pefelistas locais a um galpão a servir de tribuna ao grande sociólogo do Plano Real. Uns riram, outros se entreolharam, eu gargalhei: “perder a cátedra”, naquele momento, diante daquela gente simples, soou como uma espécie de abuso sexual recorrente nas cadeias brasileiras. Mas FHC não falava para aquela gente, mas para quem se supunha dono dela. Hoje, FHC virou uma espécie de ressentido profissional, a destilar o fel da inveja que tem do presidente Lula, já sem nenhum pudor, em entrevistas e artigos de jornal, justamente onde ainda encontra gente disposta a lhe dar espaço e ouvidos. Como em 1998, às vésperas da reeleição, quando foi flagrado em um grampo ilegal feito nos telefones do BNDES. Empavonado, comentava, em tom de galhofa, com o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, das Comunicações, da subserviência da mídia que o apoiava acriticamente, em meio a turbilhão de escândalos que se ensaiava durante as privatizações de então: Mendonça de Barros – A imprensa está muito favorável com editoriais. FHC – Está demais, né? Estão exagerando, até! A mesma mídia, capitaneada por um colunismo de viúvas, continua favorável a FHC. Exagerando, até. A diferença é que essa mesma mídia – e, em certos casos, os mesmos colunistas – não tem mais relevância alguma. Resta-nos este enredo de ópera-bufa no qual, no fim do último ato, o príncipe caído reconhece a existência do filho bastardo, 18 anos depois de tê-lo mandado ao desterro, no bucho da mãe, com a ajuda e a cumplicidade de uma emissora de tevê concessionária do Estado – de quem, portanto, passou dois mandatos presidenciais como refém e serviçal. Agora, às portas do esquecimento, escondido no quarto dos fundos pelos tucanos, como um parente esclerosado de quem a família passou do orgulho à vergonha, FHC decidiu recorrer à maconha. A meu ver, um pouco tarde demais.
Como se sabe, Maluf é a cara de São Paulo.
Sem ele, Fernando Henrique Cardoso não teria conseguido a re-eleição – veja esse vídeo que descreve o caráter dos tucanos.
Maluf é o deputado federal mais votado de São Paulo (739 mil votos), “com pelo menos um voto em cada uma das 77 mil urnas do estado”, revela numa entrevista de página inteira que concedeu ao Estadão da província de São Paulo, na edição de hoje, na página J8.
Uma página inteira para dar abrigo a um procurado pela Justiça (americana).
Um homem que não pode sair do Brasil, porque corre o risco de ir em cana.
Sensacional !
Uma página !
Maluf promete se candidatar à re-eleição.
E provavelmente vai ser o mais votado de novo.
Os paulistas adoram ele.
Num trecho da entrevista, Maluf descreve em poucas palavras a notável incompetência do Zé Alagão, imbatível no Data-da-Folha.
Diz o Maluf:
“ … meus túneis não inundaram, meus piscinões funcionaram (falta o Serra construir 90 piscinões – PHA), minhas estradas não esburacaram, e não tive nenhuma estação do metrô que desmoronou”.
Eles se merecem.


Paulo Henrique Amorim

“Loucas Palavras” vai continuar na sua campanha eleitoral pró candidato da situação. As Pesquisas já mostram a boca do jacaré se fechando, com a parte de baixo(Dilma) encontrando a parte de Cima( José Serra).(LSLN)

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