sábado, 12 de maio de 2018

Um 13 de Maio Especial



A Lei Áurea faz 130 anos justamente num dia, escolhido pelo comércio capitalista como “Dia das Mães”- o segundo domingo do mês de maio.
A mãe é a porta para a socialização do filho. Seria ela que mostraria o caminho para o filho se tornar uma pessoa de bem nessa sociedade machista em que vivemos e  na qual a maioria das mães compactua, ao viver consoante com a filosofia do “Ruim com ele, pior sem ele”, suportando violências, vexames e humilhações, as vezes até se prostituindo para sustentar a família e sendo agredida no lar por um inimigo que divide a mesma cama com ela.
Nossa sociedade, além de misógina(“mulher só na cama e na mesa”) ainda confunde maternidade com escravidão a um agregado de parentesco onde só ela tem deveres e nenhum dos outros membros tem obrigações, alegando cansaço em apenas uma jornada de trabalho enquanto ela cumpre duas caso trabalhe externamente.
Mãe só padece no paraíso na literatura de Coelho Neto. Qualquer mãe vive um inferno para ver o filho ser “alguém na vida” ou mesmo um “doutor” na acepção casa grande da palavra. No fundo ela sabe que o filho terá que ser membro da liga da justiça para poder competir em igualdade de condições com um “bem nascido” ou um “de berço”, que despreza tudo e todos, pois sabe que a sua “oportunidade” lhe caberá por herança ou pela “meritocracia”(AHAHAHA)de quem indica, como foi o caso de Aécio Neves- que ganhou de presente uma diretoria da Caixa Economica aos 21 anos de idade.
Qualquer mãe/mulher Brasileira- estando em qualquer dos extratos sociais que compõem a pirâmide da desigualdade quer tudo de bom e do melhor para a prole. Mas, a injustiça social não lhe permite devaneios. A realidade é dura- ainda mais pra quem mora longe, depende de condução, ganha salário mínimo e é marginalizada na saúde, na educação e na segurança- no caso, 88% das mães nesse Brasil em que vivemos( pesquisa do IBGE).
Caso a direita ganhe as eleições( Alckmin ou Bolsonaro), esse estado de coisas poderá ser legalizado e duradouro. Caso a vitória seja da esquerda, vamos ter que começar tudo de novo, no sentido de incluir todas as mães e filhos que hoje não tem como competir dentro dessa sociedade egoísta e sem ética.
Os golpistas- incluindo Bolsonaro, Alckmin e Álvaro Dias entre eles – não tem projeto de país. Querem o poder pelo poder. Já a esquerda é diferente.
Por que não pensar na mãe( aquela escrava que lhe faz tudo na vida) e votar em alguém que vai levar o país adiante? É. Com inclusão, combatendo a desindustrialização e o rentismo e pensando num futuro sem ódio, preconceito e soberba. Vote certo ao menos uma vez na vida e esqueça esses caras que nunca fizeram nada para nada e posam de mito. São todos uns bostas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário