A Lei Áurea faz 130 anos
justamente num dia, escolhido pelo comércio capitalista como “Dia das Mães”- o
segundo domingo do mês de maio.
A mãe é a porta para a
socialização do filho. Seria ela que mostraria o caminho para o filho se tornar
uma pessoa de bem nessa sociedade machista em que vivemos e na qual a maioria das mães compactua, ao viver
consoante com a filosofia do “Ruim com ele, pior sem ele”, suportando violências,
vexames e humilhações, as vezes até se prostituindo para sustentar a família e
sendo agredida no lar por um inimigo que divide a mesma cama com ela.
Nossa sociedade, além de misógina(“mulher
só na cama e na mesa”) ainda confunde maternidade com escravidão a um agregado
de parentesco onde só ela tem deveres e nenhum dos outros membros tem obrigações,
alegando cansaço em apenas uma jornada de trabalho enquanto ela cumpre duas caso
trabalhe externamente.
Mãe só padece no paraíso na
literatura de Coelho Neto. Qualquer mãe vive um inferno para ver o filho ser “alguém
na vida” ou mesmo um “doutor” na acepção casa grande da palavra. No fundo ela
sabe que o filho terá que ser membro da liga da justiça para poder competir em
igualdade de condições com um “bem nascido” ou um “de berço”, que despreza tudo
e todos, pois sabe que a sua “oportunidade” lhe caberá por herança ou pela “meritocracia”(AHAHAHA)de
quem indica, como foi o caso de Aécio Neves- que ganhou de presente uma
diretoria da Caixa Economica aos 21 anos de idade.
Qualquer mãe/mulher
Brasileira- estando em qualquer dos extratos sociais que compõem a pirâmide da
desigualdade quer tudo de bom e do melhor para a prole. Mas, a injustiça social
não lhe permite devaneios. A realidade é dura- ainda mais pra quem mora longe,
depende de condução, ganha salário mínimo e é marginalizada na saúde, na educação
e na segurança- no caso, 88% das mães nesse Brasil em que vivemos( pesquisa do
IBGE).
Caso a direita ganhe as
eleições( Alckmin ou Bolsonaro), esse estado de coisas poderá ser legalizado e
duradouro. Caso a vitória seja da esquerda, vamos ter que começar tudo de novo,
no sentido de incluir todas as mães e filhos que hoje não tem como competir
dentro dessa sociedade egoísta e sem ética.
Os golpistas- incluindo
Bolsonaro, Alckmin e Álvaro Dias entre eles – não tem projeto de país. Querem o
poder pelo poder. Já a esquerda é diferente.
Por que não pensar na mãe(
aquela escrava que lhe faz tudo na vida) e votar em alguém que vai levar o país
adiante? É. Com inclusão, combatendo a desindustrialização e o rentismo e
pensando num futuro sem ódio, preconceito e soberba. Vote certo ao menos uma
vez na vida e esqueça esses caras que nunca fizeram nada para nada e posam de
mito. São todos uns bostas.
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