Esse título foi extraído de uma qualificação dada por Eliane Catanhede no sentido de apagar o elogio venal que ela colocou no peixe podre que ela própria vendeu como Caviar Beluga ao público que lê a “Folha”. Esse Peixe podre tem nome: José Roberto Arruda.
Esse mesmo peixe podre foi vendido como o “Homem que deu a volta por cima” ao leitor das páginas amarelas da “Veja”- a entrevista da semana que, nos anos 70/80, se constituíam nas três/quatro páginas de maior prestígio na publicação. Hoje, depois dessa, até aqueles que ainda consideram o carro-chefe da Editora Abril uma publicação séria, estão engulindo em seco.
Esse estilo de mídia nunca mudou de lado( tem o seu próprio) e sempre foi golpista. Antes do militares, sua ética era udenista e, para eles, a maioria da população sempre foi burra, já que na visão UDN da coisa, pobre é pobre porque é burro. Após os militares, essa mídia raspou o verniz velho e colocou roupa nova, sempre com o auxílio luxuoso dos publicitários, que redesenharam a ética udenista numa visão neoliberal, participando do projeto de tomada do poder concebido pelos novos gestores de uma economia que viu que o estilo inflacionário não condizia com aquilo que seus mestres de primeiro-mundo ensinavam.
Os proprietários e financiadores da mídia de roupa nova não mudam. São os mesmos da antiga ética udenista, todos oriundos de nomes que fizeram fortunas como negreiros na época colonial, sempre nadaram contra a correnteza da ética e sempre forçaram a manutenção das condições alienadas e miseráveis daqueles que, apesar de libertos, continuaram a ser tratados como escravos, privados do direito de consumir, de opinar políticamente e de se associarem no sentido de resistir ao esbulhamento de seus direitos de pessoa e de cidadãos.
Não é de hoje que o Brasil teve bons administradores que tropeçaram na ética. Isso se existiu uma ética em qualquer tempo ou processo da administração pública Brasileira. Não é necessário ir muito longe. Vamos deixar de lado a república velha e o interregno do getulismo. Vamos começar dos anos 50, com Juscelino Kubitschek, que abandonou a ética ao entregar o Brasil às empreiteiras e a Industria automobilística. Também não teve ética nenhuma ao chamar Sebastião Paes de Almeida- banqueiro – para atuar como Ministro da Fazenda.
Seu sucessor, João Goulart, pode ter sido ético em alguns pontos, mas cercou-se de pessoas de ética duvidosa, como Tancredo Neves e Leonel Brizola, para quem a ética só existia vindo dos outros em relação a sua pessoa. Ao trafegar no sentido inverso, a ética brizolista sempre tropeçava em obstáculos os mais vários.
Se até aí a ética era obstaculizada, com a chegada dos militares ela foi sumáriamente afastada. O milagre econômico gerido por Roberto Campos e Antonio Delfim Netto substituiu o antigo empresariado por um novo, que, ao financiar e institucionalizar a repressão política, criou uma ética própria, usufruindo de reservas e mais reservas de mercado que destruíram completamente a competitividade e a concorrência. A produção desse novo empresariado era a única possível de ser consumida e seus usuários eram apenas um detalhe a mais que , ao reclamarem por mais qualidade, prejudicavam as “relações de consumo”. O Porta-voz desse empresariado era o já falecido Antonio Carlos Magalhães que sintetizou o período por agir em nome de uma ética não muito imparcial, sempre em proveito próprio, desrespeitando tudo que lhe fosse conveniente desrespeitar.
Ao costurar um pacto com a oposição, representada naquele momento por- quem diria! – Tancredo Neves, tanto ele como os outros caciques de seu partido brigaram, sem apresentar armas, no sentido de continuar a obter ganhos fisiológicos num jogo que lhes permitisse ter voz ativa num governo que lhe escapava das mãos, sempre ameaçando com um rompimento endurecedor, que, a cada momento de pusilanimidade ou tergivercionismo, levava o país para mais perto de uma guerra civil.
Com a chegada de José Sarney à Presidência, o dito profético proferido por Ivan Lessa se concretizou com o país esquecendo os últimos quinze anos nos próximos quinze anos. Sarney, garantido pelo pacto firmado antes e que derrubou Paulo Maluf de sua postulação presidencial, trouxe de volta a ética udenista, num formato bem pessoal e transferível, ao permitir que os proprietários rurais, banqueiros e industriais minassem seu próprio plano econômico ao articularem o desabastecimento total que desacreditou seu Ministro da Fazenda e fez de palhaço populares que se investiram na condição de “fiscais do Sarney”.
Essa ética udenista, revista e atualizada, regeu a elaboração e a aprovação da constituição de 1988, com muitos artigos e pouco proveito, já que a mídia golpista desrespeita o artigo quinto como se ele fosse letra morta.
A mídia golpista, ao se alinhar com os assinantes do pacto, foi a grande revisionista e deformadora da ética udenista já revista, ao começar a testar hipóteses dentro do factual apresentado àquilo que eles consideravam como opinião pública.
A partir dessa revisão, feita por um quadro de gestores sem preparo, a mídia serviu ao grupo considerado como opinião pública a ponta política de um iceberg de medidas que o novo grupo econômico que planejava a tomada do Estado serviu a esses gestores. Foi dessa forma que surgiram como salvadores da pátria o Plano Real, Fernando Henrique Cardoso e Sergio Mota, vendidos ao país pela mídia golpista como bons administradores.
Os tropeços na ética dados por esses bons administradores tiveram início no programa de privatizações, apresentados pela mídia para consumo sob uma ótica mentirosa, na qual os bens estatais a serem privatizados davam prejuízo e eram jurássicos em tecnologia, coisa que só poderia ser suprida pela iniciativa privada.
Algum tempo se passou até que, no sentido de conseguirem seu segundo mandato pelo voto popular, o grupo que participou da tomada do Estado abandonou de vez a Ética num pacto proposto em busca da reeleição. Pouco tempo depois, além de anti-éticos, os administradores se mostraram péssimos ao quebrarem um país e a elite que havia contraído empréstimos em dólar. Junto com os quebrados, a mídia golpista sofreu um revés que a deixou combalida, pois ela também havia contraído empréstimos para reformar uma estética ultrapassada.
Mas, infelizmente, mesmo sofrendo esse desgaste e endividamento, a mídia golpista não aprendeu e prefere continuar a defender o indefensável, usando a “denúncia” e o teste de hipóteses como defesa.
Como fazer a autocrítica e mostrar àqueles que acreditavam nela que o prato servido como bom e palatável estava fermentado e não era comestível? Era bem mais fácil continuar a “falar a verdade”, usando como escudo “atentados a liberdade de expressão” e fazendo alinhamentos esdrúxulos entre governos ditatoriais latinos e o governo de um estado democrático de direito que entra em seu segundo mandato.
Comparações entre os dois mandatos neoliberais e os do atual governo? Nem pensar. Se elas forem feitas, o grupo que já tomou o Estado Brasileiro uma vez nunca mais ganha uma eleição.
E, para seu desespero, a mídia golpista é obrigada a presenciar “bons administradores” continuarem a tropeçar na ética. Agora, temos um reincidente na mentira e na coação, pego pelo pé. Trata-se de José Roberto Arruda, o mais novo paria político do país. Quem não lembra dele como o grande mentiroso do Congresso Nacional, chorando a sua inocência para , logo depois, renunciar, para escapar a perda de seus direitos políticos? Pois bem: não há como desmentir uma imagem em vídeo. E as que ele protagoniza são contundentes.
O Site “Carta Maior”, no sentido de esclarecer algumas dúvidas, fez algumas perguntinhas muito interessantes aos testadores de hipóteses da mídia golpista:
1] Por que, a exemplo do que fez tantas vezes com o PT, a mídia não parte do fato policial para resgatar o passado e o presente das relações políticas do demo José Roberto Arruda?
2] Por que esquece –ou esconde?– entre outras coisas, que Arruda foi nada menos que líder de FHC na Câmara Federal?
3] Por que a mesma amnésia subtrai ao leitor que Arruda era a grande –e única– ‘revelação administrativa’ dos demos [sobretudo depois do fiasco Kassab], e nome natural’ para ocupar a vice-presidência na coalizão demotucana liderada por Serra?
4] Por que, súbito, abriu-se um precipício de silencio midiático sobre as relações entre Serra e Arruda, omitindo-se, inclusive, ‘o simpático’ simbolismo da sintonia capilar entre ambos –mencionada por ninguém menos que o próprio governador tucano em evento conjunto em 2009?
5] Por que a obsequiosa Eliane Catanhede, da Folha, e os petizes da Veja, que tantas e tantas linhas destinaram a enaltecer a determinação de Arruda em ‘cortar o gasto público’ –e ainda o fazem na ressalva ao ‘bom administrador que tropeçou na ética’, segundo Catanhede– sonegam aos seus leitores a auto-crítica pelo peixe podre que venderam como caviar?
6] Por que, enfim, o esfarelamento da direta nativa abrigada nos Demos não merece copiosas páginas de retrospectiva histórica, que situe para os leitores a evolução daqueles que, como Arena e PFL, foram esteio da ditadura e da tortura e hoje são os aliados carnais de José Serra?
Está faltando acontecer o quê para responder isso?
Esse mesmo peixe podre foi vendido como o “Homem que deu a volta por cima” ao leitor das páginas amarelas da “Veja”- a entrevista da semana que, nos anos 70/80, se constituíam nas três/quatro páginas de maior prestígio na publicação. Hoje, depois dessa, até aqueles que ainda consideram o carro-chefe da Editora Abril uma publicação séria, estão engulindo em seco.
Esse estilo de mídia nunca mudou de lado( tem o seu próprio) e sempre foi golpista. Antes do militares, sua ética era udenista e, para eles, a maioria da população sempre foi burra, já que na visão UDN da coisa, pobre é pobre porque é burro. Após os militares, essa mídia raspou o verniz velho e colocou roupa nova, sempre com o auxílio luxuoso dos publicitários, que redesenharam a ética udenista numa visão neoliberal, participando do projeto de tomada do poder concebido pelos novos gestores de uma economia que viu que o estilo inflacionário não condizia com aquilo que seus mestres de primeiro-mundo ensinavam.
Os proprietários e financiadores da mídia de roupa nova não mudam. São os mesmos da antiga ética udenista, todos oriundos de nomes que fizeram fortunas como negreiros na época colonial, sempre nadaram contra a correnteza da ética e sempre forçaram a manutenção das condições alienadas e miseráveis daqueles que, apesar de libertos, continuaram a ser tratados como escravos, privados do direito de consumir, de opinar políticamente e de se associarem no sentido de resistir ao esbulhamento de seus direitos de pessoa e de cidadãos.
Não é de hoje que o Brasil teve bons administradores que tropeçaram na ética. Isso se existiu uma ética em qualquer tempo ou processo da administração pública Brasileira. Não é necessário ir muito longe. Vamos deixar de lado a república velha e o interregno do getulismo. Vamos começar dos anos 50, com Juscelino Kubitschek, que abandonou a ética ao entregar o Brasil às empreiteiras e a Industria automobilística. Também não teve ética nenhuma ao chamar Sebastião Paes de Almeida- banqueiro – para atuar como Ministro da Fazenda.
Seu sucessor, João Goulart, pode ter sido ético em alguns pontos, mas cercou-se de pessoas de ética duvidosa, como Tancredo Neves e Leonel Brizola, para quem a ética só existia vindo dos outros em relação a sua pessoa. Ao trafegar no sentido inverso, a ética brizolista sempre tropeçava em obstáculos os mais vários.
Se até aí a ética era obstaculizada, com a chegada dos militares ela foi sumáriamente afastada. O milagre econômico gerido por Roberto Campos e Antonio Delfim Netto substituiu o antigo empresariado por um novo, que, ao financiar e institucionalizar a repressão política, criou uma ética própria, usufruindo de reservas e mais reservas de mercado que destruíram completamente a competitividade e a concorrência. A produção desse novo empresariado era a única possível de ser consumida e seus usuários eram apenas um detalhe a mais que , ao reclamarem por mais qualidade, prejudicavam as “relações de consumo”. O Porta-voz desse empresariado era o já falecido Antonio Carlos Magalhães que sintetizou o período por agir em nome de uma ética não muito imparcial, sempre em proveito próprio, desrespeitando tudo que lhe fosse conveniente desrespeitar.
Ao costurar um pacto com a oposição, representada naquele momento por- quem diria! – Tancredo Neves, tanto ele como os outros caciques de seu partido brigaram, sem apresentar armas, no sentido de continuar a obter ganhos fisiológicos num jogo que lhes permitisse ter voz ativa num governo que lhe escapava das mãos, sempre ameaçando com um rompimento endurecedor, que, a cada momento de pusilanimidade ou tergivercionismo, levava o país para mais perto de uma guerra civil.
Com a chegada de José Sarney à Presidência, o dito profético proferido por Ivan Lessa se concretizou com o país esquecendo os últimos quinze anos nos próximos quinze anos. Sarney, garantido pelo pacto firmado antes e que derrubou Paulo Maluf de sua postulação presidencial, trouxe de volta a ética udenista, num formato bem pessoal e transferível, ao permitir que os proprietários rurais, banqueiros e industriais minassem seu próprio plano econômico ao articularem o desabastecimento total que desacreditou seu Ministro da Fazenda e fez de palhaço populares que se investiram na condição de “fiscais do Sarney”.
Essa ética udenista, revista e atualizada, regeu a elaboração e a aprovação da constituição de 1988, com muitos artigos e pouco proveito, já que a mídia golpista desrespeita o artigo quinto como se ele fosse letra morta.
A mídia golpista, ao se alinhar com os assinantes do pacto, foi a grande revisionista e deformadora da ética udenista já revista, ao começar a testar hipóteses dentro do factual apresentado àquilo que eles consideravam como opinião pública.
A partir dessa revisão, feita por um quadro de gestores sem preparo, a mídia serviu ao grupo considerado como opinião pública a ponta política de um iceberg de medidas que o novo grupo econômico que planejava a tomada do Estado serviu a esses gestores. Foi dessa forma que surgiram como salvadores da pátria o Plano Real, Fernando Henrique Cardoso e Sergio Mota, vendidos ao país pela mídia golpista como bons administradores.
Os tropeços na ética dados por esses bons administradores tiveram início no programa de privatizações, apresentados pela mídia para consumo sob uma ótica mentirosa, na qual os bens estatais a serem privatizados davam prejuízo e eram jurássicos em tecnologia, coisa que só poderia ser suprida pela iniciativa privada.
Algum tempo se passou até que, no sentido de conseguirem seu segundo mandato pelo voto popular, o grupo que participou da tomada do Estado abandonou de vez a Ética num pacto proposto em busca da reeleição. Pouco tempo depois, além de anti-éticos, os administradores se mostraram péssimos ao quebrarem um país e a elite que havia contraído empréstimos em dólar. Junto com os quebrados, a mídia golpista sofreu um revés que a deixou combalida, pois ela também havia contraído empréstimos para reformar uma estética ultrapassada.
Mas, infelizmente, mesmo sofrendo esse desgaste e endividamento, a mídia golpista não aprendeu e prefere continuar a defender o indefensável, usando a “denúncia” e o teste de hipóteses como defesa.
Como fazer a autocrítica e mostrar àqueles que acreditavam nela que o prato servido como bom e palatável estava fermentado e não era comestível? Era bem mais fácil continuar a “falar a verdade”, usando como escudo “atentados a liberdade de expressão” e fazendo alinhamentos esdrúxulos entre governos ditatoriais latinos e o governo de um estado democrático de direito que entra em seu segundo mandato.
Comparações entre os dois mandatos neoliberais e os do atual governo? Nem pensar. Se elas forem feitas, o grupo que já tomou o Estado Brasileiro uma vez nunca mais ganha uma eleição.
E, para seu desespero, a mídia golpista é obrigada a presenciar “bons administradores” continuarem a tropeçar na ética. Agora, temos um reincidente na mentira e na coação, pego pelo pé. Trata-se de José Roberto Arruda, o mais novo paria político do país. Quem não lembra dele como o grande mentiroso do Congresso Nacional, chorando a sua inocência para , logo depois, renunciar, para escapar a perda de seus direitos políticos? Pois bem: não há como desmentir uma imagem em vídeo. E as que ele protagoniza são contundentes.
O Site “Carta Maior”, no sentido de esclarecer algumas dúvidas, fez algumas perguntinhas muito interessantes aos testadores de hipóteses da mídia golpista:
1] Por que, a exemplo do que fez tantas vezes com o PT, a mídia não parte do fato policial para resgatar o passado e o presente das relações políticas do demo José Roberto Arruda?
2] Por que esquece –ou esconde?– entre outras coisas, que Arruda foi nada menos que líder de FHC na Câmara Federal?
3] Por que a mesma amnésia subtrai ao leitor que Arruda era a grande –e única– ‘revelação administrativa’ dos demos [sobretudo depois do fiasco Kassab], e nome natural’ para ocupar a vice-presidência na coalizão demotucana liderada por Serra?
4] Por que, súbito, abriu-se um precipício de silencio midiático sobre as relações entre Serra e Arruda, omitindo-se, inclusive, ‘o simpático’ simbolismo da sintonia capilar entre ambos –mencionada por ninguém menos que o próprio governador tucano em evento conjunto em 2009?
5] Por que a obsequiosa Eliane Catanhede, da Folha, e os petizes da Veja, que tantas e tantas linhas destinaram a enaltecer a determinação de Arruda em ‘cortar o gasto público’ –e ainda o fazem na ressalva ao ‘bom administrador que tropeçou na ética’, segundo Catanhede– sonegam aos seus leitores a auto-crítica pelo peixe podre que venderam como caviar?
6] Por que, enfim, o esfarelamento da direta nativa abrigada nos Demos não merece copiosas páginas de retrospectiva histórica, que situe para os leitores a evolução daqueles que, como Arena e PFL, foram esteio da ditadura e da tortura e hoje são os aliados carnais de José Serra?
Está faltando acontecer o quê para responder isso?
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