O E-mail que vai transcrito abaixo não foi publicado em nenhum site dito Lulista, Dilmista ou nos blogs que, abertamente, são anti-Serra ou contra a tucanada. Foi publicado na “crônica política” do UAI – site pertencente ao grupo associado, que faz abertamente a campanha tucana em Minas e recebe pródigos “donativos” do executivo estadual, tão bem orquestrado pela Sra. Andréa Neves, irmã do ex-governador que se “desemcompatibilizou” ontem, mas vai continuar a gozar de todas as facilidades possíveis e imagináveis vindas de quem continuar ocupando a cadeira-fantoche situada na sala executiva do Palácio dos Despachos.
“É grande a minha curiosidade por saber em que planeta vive o senador e presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra. Refiro-me ao texto escrito pelo nobre senador e publicado pela Folha de S. Paulo na sugestiva data de 1º de abril último, intitulado "Cláusula Pétrea" (leia o texto aqui).Alguns fragmentos bastante, digamos, curiosos, e eu já explico o "curiosos":
Aqui, os petistas disfarçam, mas vão continuar tentanto estabelecer alguma coisa que lhes permita interferir na liberdade de imprensa, de pensamento e de opinião (...)
Para o PSDB não é hora de tergiversar. É o momento, sim, de todos que acreditam e têm a liberdade de pensamento como convicção defenderem a imprensa livre. Com autonomia para apurar, investigar e publicar, respeitados os limites da lei. Assim como o direito de resposta (...)
O arbítrio ou qualquer dos seus eufemismos têm que ser rechaçados com firmeza. Democracia se faz com liberdade e respeito ao direito de opinião e manifestação. Essa é a garantia de que, ao final, a verdade aparece (...)
Gozado, nobre senador! É curioso como a verdade, ou algumas verdades, jamais ficaram exatamente claras aqui em Minas Gerais, sobretudo em certas questões envolvendo a imprensa mineira e o ex-governador Aécio Neves. Muito curiosa, por exemplo, a sumária demissão do jornalista e então apresentador da Bandeirantes, Jorge Kajuru, em junho de 2004, "coincidentemente" após ter criticado certos privilégios aos convidados vips do governo estadual na partida entre Brasil e Argentina, realizada em 2 de junho daquele ano no estádio do Mineirão. Enquanto um certo envelope azul garantia a entrada de figurinhas carimbadas sem qualquer embaraço, os pobres mortais sofriam do lado de fora, sem as mesmas vantagens da patota oficial. Ou, como diria Cazuza, fiquei na porta estacionando os carros (leia mais sobre o episódio aqui, no combativo Observatório da Imprensa). Kajuru foi demitido no ar, durante um intervalo comercial.(nota do LP: foi um vexame completo o comportamento da rede de TV que, a segur ao episódio, ainda tentou manchar a reputação do repórter esportivo alegando indisciplina e outras má notas contratuais)
Fato isolado? Bem vejamos mais exemplos, disponíveis no site do Centro de Mídia Independente (CMI).
Mas essa incômoda fama dentro do ninho tucano não grudou só em Aécio. Segundo o mesmo CMI, outros integrantes da passarada, como Eduardo Azeredo e Pimenta da Veiga, também já meteram o bedelho na atividade da imprensa e "pediram" a retirada do ar do programa Palavra Cruzada, então apresentado pelo jornalista Gilberto Menezes e transmitido pela Rede Minas, emissora vinculada ao governo estadual (veja a matéria aqui). Agora, um testemunho pessoal: estive no final do ano passado em Brasília, na entrega do Prêmio Congresso em Foco. Quando me apresentava para os colegas como jornalista mineiro, era unânime a percepção de que a imprensa do nosso estado é permanentemente vigiada. E só para lembrar ao nobre Sérgio Guerra, estamos sob a vigilância, ou melhor, sob o governo tucano aqui em Minas. Mas na "ampla" visão de Guerra, o controle da imprensa e da liberdade de informação é "privilégio" só da "cumpanherada petista":
Aqui, os petistas acham-se no dever de manter toda a sociedade sob o seu controle. Acreditam-se mais capazes e inteligentes, esquecendo-se de que leitores, ouvintes e telespectadores simplesmente podem ler outro jornal ou site, mudar a estação de rádio ou TV. E de voto (...)
Guerra caminha para a conclusão do seu texto: Se o PT não é confiável, o PSDB é. Para o nosso partido, a liberdade de imprensa, a de opinião e a de manifestação são cláusulas pétreas da democracia. É assunto que não está em discussão. Ao contrário do que faz o PT (...)
O abismo entre o discurso de seu presidente nacional e a prática do partido mostra que PSDB e PT compartilham a mesma veia autoritária no trato com a imprensa. São irmãos de sangue (nesta e em várias outras esferas). Gostem ou não, são mais iguais que diferentes.”
“É grande a minha curiosidade por saber em que planeta vive o senador e presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra. Refiro-me ao texto escrito pelo nobre senador e publicado pela Folha de S. Paulo na sugestiva data de 1º de abril último, intitulado "Cláusula Pétrea" (leia o texto aqui).Alguns fragmentos bastante, digamos, curiosos, e eu já explico o "curiosos":
Aqui, os petistas disfarçam, mas vão continuar tentanto estabelecer alguma coisa que lhes permita interferir na liberdade de imprensa, de pensamento e de opinião (...)
Para o PSDB não é hora de tergiversar. É o momento, sim, de todos que acreditam e têm a liberdade de pensamento como convicção defenderem a imprensa livre. Com autonomia para apurar, investigar e publicar, respeitados os limites da lei. Assim como o direito de resposta (...)
O arbítrio ou qualquer dos seus eufemismos têm que ser rechaçados com firmeza. Democracia se faz com liberdade e respeito ao direito de opinião e manifestação. Essa é a garantia de que, ao final, a verdade aparece (...)
Gozado, nobre senador! É curioso como a verdade, ou algumas verdades, jamais ficaram exatamente claras aqui em Minas Gerais, sobretudo em certas questões envolvendo a imprensa mineira e o ex-governador Aécio Neves. Muito curiosa, por exemplo, a sumária demissão do jornalista e então apresentador da Bandeirantes, Jorge Kajuru, em junho de 2004, "coincidentemente" após ter criticado certos privilégios aos convidados vips do governo estadual na partida entre Brasil e Argentina, realizada em 2 de junho daquele ano no estádio do Mineirão. Enquanto um certo envelope azul garantia a entrada de figurinhas carimbadas sem qualquer embaraço, os pobres mortais sofriam do lado de fora, sem as mesmas vantagens da patota oficial. Ou, como diria Cazuza, fiquei na porta estacionando os carros (leia mais sobre o episódio aqui, no combativo Observatório da Imprensa). Kajuru foi demitido no ar, durante um intervalo comercial.(nota do LP: foi um vexame completo o comportamento da rede de TV que, a segur ao episódio, ainda tentou manchar a reputação do repórter esportivo alegando indisciplina e outras má notas contratuais)
Fato isolado? Bem vejamos mais exemplos, disponíveis no site do Centro de Mídia Independente (CMI).
Mas essa incômoda fama dentro do ninho tucano não grudou só em Aécio. Segundo o mesmo CMI, outros integrantes da passarada, como Eduardo Azeredo e Pimenta da Veiga, também já meteram o bedelho na atividade da imprensa e "pediram" a retirada do ar do programa Palavra Cruzada, então apresentado pelo jornalista Gilberto Menezes e transmitido pela Rede Minas, emissora vinculada ao governo estadual (veja a matéria aqui). Agora, um testemunho pessoal: estive no final do ano passado em Brasília, na entrega do Prêmio Congresso em Foco. Quando me apresentava para os colegas como jornalista mineiro, era unânime a percepção de que a imprensa do nosso estado é permanentemente vigiada. E só para lembrar ao nobre Sérgio Guerra, estamos sob a vigilância, ou melhor, sob o governo tucano aqui em Minas. Mas na "ampla" visão de Guerra, o controle da imprensa e da liberdade de informação é "privilégio" só da "cumpanherada petista":
Aqui, os petistas acham-se no dever de manter toda a sociedade sob o seu controle. Acreditam-se mais capazes e inteligentes, esquecendo-se de que leitores, ouvintes e telespectadores simplesmente podem ler outro jornal ou site, mudar a estação de rádio ou TV. E de voto (...)
Guerra caminha para a conclusão do seu texto: Se o PT não é confiável, o PSDB é. Para o nosso partido, a liberdade de imprensa, a de opinião e a de manifestação são cláusulas pétreas da democracia. É assunto que não está em discussão. Ao contrário do que faz o PT (...)
O abismo entre o discurso de seu presidente nacional e a prática do partido mostra que PSDB e PT compartilham a mesma veia autoritária no trato com a imprensa. São irmãos de sangue (nesta e em várias outras esferas). Gostem ou não, são mais iguais que diferentes.”
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