Dale Carnegie ficou famoso ao escrever “Como fazer amigos e influenciar pessoas”. O livro – um best seller, fez Dale ficar conhecido no mundo inteiro. Dale morreu só e pobre. Três pessoas foram ao seu velório.
O Datafolha ficou famoso nos anos 80 ao servir de contraponto para o IBOPE, então absoluto e que ditava o ramo das tendências no país. O aparecimento do Datafolha se deu quando o Ibope ficou chamuscado pelo chamado “episódio Vera Vargas”, envolvendo a garota de programas, Carlos Augusto Montenegro e Carlos Imperial.
No final dos anos 70, Carlos Imperial apareceu com um programa noturno no SBT- transmitido diretamente de São Paulo para todo país. Segundo diz a lenda urbana(isso nunca ficou devidamente esclarecido), o acerto entre Silvio Santos e Imperial era o de que, em 90 dias, o programa teria que aparecer no IBOPE em alguma colocação que despertasse o interesse de anunciantes e agencias de publicidade.
O prazo foi sendo cumprido e, semanalmente, Imperial telefonava a Montenegro, cobrando a pontuação do programa, sempre fraca em relação à concorrente mais próxima – a Globo- então detentora de 80% da audiência televisiva. O SBT aparecia em segundo, com 13% da audiência geral, sendo os outros 7% distribuídos entre as redes restantes(Band, Manchete e Record).
A produção que Imperial colocara no ar era bem cuidada para os padrões vigentes no então SBT. As gravadoras compareciam com seus artistas de sucesso e, como sempre acontece, Imperial colocou mulheres deslumbrantes como suas “ajudantes”. Imperial foi um pouco mais além que Chacrinha e colocava no gerador de caracteres o seguintes dizeres “meu nome é........... . Meu telefone? 22X-YYYY”, quando uma das garotas aparecia em destaque.
Trocando em miúdos: com a anuência ou não do dono do SBT. Imperial acabara de inventar a “TV CallGirl”- a garota de programa em rede. E uma dessas “garotas” era Vera Vargas, por sinal, a mais linda e a mais desejada, que, também virou objeto de desejo de Carlos Alberto Montenegro.
Numa certa tarde, Montenegro ligou para Imperial e perguntou a ele como ele poderia se insinuar junto a Vera. Imperial respondeu que aquilo não era problema. E arrumou o primeiro encontro entre os dois. Montenegro, casado, não tinha lugar para um “tete-a-tete” disponível e Imperial, mais que obsequioso, lhe cedeu o próprio apartamento.
Os encontros se tornaram freqüentes, tendo como palco o apartamento de Imperial. Até que, em outra certa tarde, Montenegro recebeu um envelope da CIPA(Carlos Imperial Produções Artísticas). Ao abrir a “encomenda”, Montenegro se deparou com uma foto dele, sentado num sofá, com Vera Vargas em seu colo, os dois na maior intimidade. Montenegro ligou imediatamente para Imperial, que atendeu o telefone já falando: “Montenegro meu amigo, você tem que me ajudar na pesquisa........” e por aí rolou um papo tenso por um lado e bem sacana pelo outro, já que a maré havia virado.
Diz a lenda urbana, que circulou em Rio e São Paulo como um Katrina estatístico, que Montenegro não cedeu a chantagem. Foi direto a Silvio Santos e contou toda a história. Segundo a lenda, a resposta de Silvio Santos para Montenegro teria sido: “Se você vai fazer isso para ele, você também vai fazer para mim”........
Foi a partir desse episódio que a “Folha” investiu num instituto de pesquisas próprio, contando com a perda de credibilidade, arrasadora para o concorrente depois que a história correu todo o mercado.
O batizado “Datafolha” começou a ser uma recorrência a partir daí. Alavancado pela credibilidade que o Jornal vinha passando a um público novo que conquistara por abrigar dissidentes, o instituto ganhou respeito ao prever resultados certos bem antes que os rivais existentes, incluindo nessa o Ibope- grande por ter um contrato de exclusividade com a Rede Globo de Televisão.
O questionamento aos dados tabulados pelo Datafolha começou exatamente nas pesquisas políticas de intenção de voto, principalmente quando da eleição na qual o PSDB e seus aliados orquestraram a tomada do Estado.
De lá para cá, indícios de manipulação tornaram-se visíveis, principalmente a partir da divulgação das pesquisas Sensus/CNT sobre a popularidade presidencial, que começaram a mostrar a realidade a respeito dos mandatos percorridos por Fernando Henrique Cardoso.
A partir da eleição ganha por Lula, a manipulação tornou-se um “case” em cursos de estatística dados nas universidades e, a boca pequena, o ídolo de pés de barro chamado Datafolha começou a ficar com água sempre acima da bainha da calça.
E agora, temos essa última pesquisa, acusada de estar manipulada para que o lançamento da campanha de José Serra não ocorresse naquilo que Luis Nassif chamou de “anticlímax”, já que os boatos davam conta de que uma pesquisa concorrente mostraria Serra e Dilma em empate técnico.
Conforme Nassif noticiou em seu blog, repórteres da “Folha” saíram no encalço da diretoria do Instituto concorrente fazendo de tudo para desqualificar a sua( dele, instituto concorrente) pesquisa. Só que os diretores perceberam a manobra orquestrada pelo Jornal e avisaram que, por causa das chuvas no Rio de Janeiro, a pesquisa seria divulgada após o lançamento da campanha Presidencial do PSDB.
Essa última pesquisa do datafolha, vista com incredulidade pelos próprios repórteres da “Folha”, é a primeira a desgastar o Instituto em sua totalidade. Ainda mais depois que o PSDB entrou com representação no TSE para auditar a pesquisa do concorrente do Datafolha........e o concorrente permitiu a auditoria sem tugir nem mugir, entregando para a auditagem até bem mais que o pedido.
A partir de agora, todos nós temos que considerar o Datafolha como um instituto de pesquisas agregado a um partido político- o PSDB. Isso ocorre depois de uma executiva da “Folha” declarar que seu Jornal faz o papel de oposição já que, politicamente, ela é um caos e uma desordem, sem projeto para o país e sem líderes que o executem. Resta saber qual o projeto para o país que a família Frias tem em mente e quer que José Serra execute.
O problema que pode advir de tudo isso é o Datafolha ser enterrado como o foi Dale Carnegie. Na socapa. Como aquele cunhado que só deu vexame a vida inteira.
O Datafolha ficou famoso nos anos 80 ao servir de contraponto para o IBOPE, então absoluto e que ditava o ramo das tendências no país. O aparecimento do Datafolha se deu quando o Ibope ficou chamuscado pelo chamado “episódio Vera Vargas”, envolvendo a garota de programas, Carlos Augusto Montenegro e Carlos Imperial.
No final dos anos 70, Carlos Imperial apareceu com um programa noturno no SBT- transmitido diretamente de São Paulo para todo país. Segundo diz a lenda urbana(isso nunca ficou devidamente esclarecido), o acerto entre Silvio Santos e Imperial era o de que, em 90 dias, o programa teria que aparecer no IBOPE em alguma colocação que despertasse o interesse de anunciantes e agencias de publicidade.
O prazo foi sendo cumprido e, semanalmente, Imperial telefonava a Montenegro, cobrando a pontuação do programa, sempre fraca em relação à concorrente mais próxima – a Globo- então detentora de 80% da audiência televisiva. O SBT aparecia em segundo, com 13% da audiência geral, sendo os outros 7% distribuídos entre as redes restantes(Band, Manchete e Record).
A produção que Imperial colocara no ar era bem cuidada para os padrões vigentes no então SBT. As gravadoras compareciam com seus artistas de sucesso e, como sempre acontece, Imperial colocou mulheres deslumbrantes como suas “ajudantes”. Imperial foi um pouco mais além que Chacrinha e colocava no gerador de caracteres o seguintes dizeres “meu nome é........... . Meu telefone? 22X-YYYY”, quando uma das garotas aparecia em destaque.
Trocando em miúdos: com a anuência ou não do dono do SBT. Imperial acabara de inventar a “TV CallGirl”- a garota de programa em rede. E uma dessas “garotas” era Vera Vargas, por sinal, a mais linda e a mais desejada, que, também virou objeto de desejo de Carlos Alberto Montenegro.
Numa certa tarde, Montenegro ligou para Imperial e perguntou a ele como ele poderia se insinuar junto a Vera. Imperial respondeu que aquilo não era problema. E arrumou o primeiro encontro entre os dois. Montenegro, casado, não tinha lugar para um “tete-a-tete” disponível e Imperial, mais que obsequioso, lhe cedeu o próprio apartamento.
Os encontros se tornaram freqüentes, tendo como palco o apartamento de Imperial. Até que, em outra certa tarde, Montenegro recebeu um envelope da CIPA(Carlos Imperial Produções Artísticas). Ao abrir a “encomenda”, Montenegro se deparou com uma foto dele, sentado num sofá, com Vera Vargas em seu colo, os dois na maior intimidade. Montenegro ligou imediatamente para Imperial, que atendeu o telefone já falando: “Montenegro meu amigo, você tem que me ajudar na pesquisa........” e por aí rolou um papo tenso por um lado e bem sacana pelo outro, já que a maré havia virado.
Diz a lenda urbana, que circulou em Rio e São Paulo como um Katrina estatístico, que Montenegro não cedeu a chantagem. Foi direto a Silvio Santos e contou toda a história. Segundo a lenda, a resposta de Silvio Santos para Montenegro teria sido: “Se você vai fazer isso para ele, você também vai fazer para mim”........
Foi a partir desse episódio que a “Folha” investiu num instituto de pesquisas próprio, contando com a perda de credibilidade, arrasadora para o concorrente depois que a história correu todo o mercado.
O batizado “Datafolha” começou a ser uma recorrência a partir daí. Alavancado pela credibilidade que o Jornal vinha passando a um público novo que conquistara por abrigar dissidentes, o instituto ganhou respeito ao prever resultados certos bem antes que os rivais existentes, incluindo nessa o Ibope- grande por ter um contrato de exclusividade com a Rede Globo de Televisão.
O questionamento aos dados tabulados pelo Datafolha começou exatamente nas pesquisas políticas de intenção de voto, principalmente quando da eleição na qual o PSDB e seus aliados orquestraram a tomada do Estado.
De lá para cá, indícios de manipulação tornaram-se visíveis, principalmente a partir da divulgação das pesquisas Sensus/CNT sobre a popularidade presidencial, que começaram a mostrar a realidade a respeito dos mandatos percorridos por Fernando Henrique Cardoso.
A partir da eleição ganha por Lula, a manipulação tornou-se um “case” em cursos de estatística dados nas universidades e, a boca pequena, o ídolo de pés de barro chamado Datafolha começou a ficar com água sempre acima da bainha da calça.
E agora, temos essa última pesquisa, acusada de estar manipulada para que o lançamento da campanha de José Serra não ocorresse naquilo que Luis Nassif chamou de “anticlímax”, já que os boatos davam conta de que uma pesquisa concorrente mostraria Serra e Dilma em empate técnico.
Conforme Nassif noticiou em seu blog, repórteres da “Folha” saíram no encalço da diretoria do Instituto concorrente fazendo de tudo para desqualificar a sua( dele, instituto concorrente) pesquisa. Só que os diretores perceberam a manobra orquestrada pelo Jornal e avisaram que, por causa das chuvas no Rio de Janeiro, a pesquisa seria divulgada após o lançamento da campanha Presidencial do PSDB.
Essa última pesquisa do datafolha, vista com incredulidade pelos próprios repórteres da “Folha”, é a primeira a desgastar o Instituto em sua totalidade. Ainda mais depois que o PSDB entrou com representação no TSE para auditar a pesquisa do concorrente do Datafolha........e o concorrente permitiu a auditoria sem tugir nem mugir, entregando para a auditagem até bem mais que o pedido.
A partir de agora, todos nós temos que considerar o Datafolha como um instituto de pesquisas agregado a um partido político- o PSDB. Isso ocorre depois de uma executiva da “Folha” declarar que seu Jornal faz o papel de oposição já que, politicamente, ela é um caos e uma desordem, sem projeto para o país e sem líderes que o executem. Resta saber qual o projeto para o país que a família Frias tem em mente e quer que José Serra execute.
O problema que pode advir de tudo isso é o Datafolha ser enterrado como o foi Dale Carnegie. Na socapa. Como aquele cunhado que só deu vexame a vida inteira.
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